Resenha do livro: ´´Cinder``
- Mundo entre livros
- 10 de dez. de 2020
- 4 min de leitura
Na resenha de hoje, iremos falar sobre o livro Cinder, que faz parte da série Crônicas Lunares escrito por Melissa Meyer.
Se gostarem e se interessarem por esse primeiro livro, posso fazer continuação falando dos outros (menos um, pois não tem em PT-BR), que são incríveis também.
(Talvez a princesa pudesse salvar a si mesma.)
SINOPSE:
Enquanto a suas irmãs foram dados lindos vestidos e sandálias finas, Cinderella tinha apenas um avental sujo e sapatos de madeira.
Cinder tem dezesseis anos e é considerada uma abominação tecnológica pela maior parte da sociedade e um fardo por sua madrasta. Por outro lado, ser ciborgue tem suas vantagens: a interface de seu cérebro lhe deu a capacidade sobre-humana de consertar tudo — robôs, aerodeslizadores, os próprios membros cibernéticos quebrados—, tornando-a a melhor mecânica de Nova Pequim. Sua reputação faz com que o herdeiro do império, o príncipe Kai em pessoa, apareça em seu estande na feira, solicitando o conserto de um androide antes do baile anual.
Embora esteja ansiosa para agradar o príncipe, Cinder é impedida de trabalhar no androide quando Peony, sua meia-irmã e única amiga, é infectada por uma peste fatal que tem assolado a Terra por anos. Culpando-a pelo destino da filha, a madrasta de Cinder a entrega como voluntária para as pesquisas da doença, uma "honra" a qual ninguém sobreviveu até então.
Logo, porém, os pesquisadores descobrem algo de incomum na cobaia recém-adquirida. Algo pelo qual há quem esteja disposto a matar.
RESENHA:
O livro é uma releitura do clássico Cinderela, e se passa em um mundo futurista e tecnológico onde a maior preocupação é uma praga que assombra a população mundial (história familiar né) e outro motivo de preocupação são os lunares.
Cinder é uma ciborgue devido um acidente que ocorreu no passado e até entanto a gente não sabe de muita coisa, já que ela não se lembra de nada, e uma das únicas pessoas que poderia ter as respostas, está morta. Seu pai adotivo/padrasto morreu da peste, que foi contraída na Europa, lugar onde adotou a Cinder.
E devido essa situação, ela ficou sobre a guarda de Adri, sua madrasta.
E sinceramente, ela é um ser desprezível, trata a menina feito lixo, joga na cara da Cinder toda hora que ela não presta pra nada, que não é humana de verdade, sendo que é a garota que trás comida para dentro de casa, por conta do trabalho de mecânica na feirinha da cidade, e ela não é qualquer mecânica não, é considerada uma das melhores da Nova Pequim.
E como é uma releitura de Cinderela, não poderia faltar o baile real onde o príncipe está a procura de uma noiva, e assim convida todas as pessoas da cidade para participar.
E o príncipe Kai está na mesma situação, no entanto, um pouquinho pior. Já que corre o risco de virar o imperador, pois seu pai está em um estágio avançado da peste, e pode morrer a qualquer momento.
O Kai ele vai até a Cinder para contratar os seus serviços, já que o seu android deu defeito, e nisso a gente já sabe o shipp vai ser real. A interação que os dois tem é sensacional, porque a Melissa faz a gente se derreter em todos os momentos que eles estão juntos.
´´ [...] Ele era o sonho de todas as garotas do país. Estava tão longe do seu alcance e de seu mundo, que ela deveria ter parado de pensar nele no instante em que a porta se fechou. Nunca deveria pensar nele de novo, exceto como cliente - e seu príncipe.
No entanto, a lembrança dos dedos dele em sua pele se recusou a desaparecer. [...]``
Pulando algumas partes da história, uma de suas irmãs, a Peony, contraí a peste enquanto acompanhava Cinder até o ferro-velho para encontrar algumas peças. A ciborgue se culpa muito pela a situação da irmã, pois ocorreu um caso de peste no mercado em que ela trabalha, a Adri faz questão de jogar isso na cara dela o tempo todo.
E por conta dessa situação, e todo o desprezo que existe no coração da Adri, ela oferece a Cinder como voluntária para uma iniciativa do governo em que usa ciborgues como cobaias para encontrar a cura para a peste.
E nesse momento, a história começa a ficar interessante e o enredo toma forma.
O livro é muito bem explicado, não consegui achar furos nenhum e a autora não economiza nos momentos de explicação.
E na minha opinião, por ser explicado demais, deixa tudo muito previsível e acredito que tenha sido intencional, já que o livro é muito pequeno.
Queria destacar que é narrado em terceira pessoa, e essa foi uma escolha perfeita.
Porque é muito gostosinho ficar intercalando entre a narrativa do Kai e da Cinder, e a autora consegue deixar ambas as histórias interessante, e a sensação que tive foi de estar vendo uma novela em que estava ansiosa para o próximo bloco.
E também é importante citar que a maioria dos personagens são não-brancos, pois a história se passa no continente asiático e também existe os personagens androides. E todos eles são perfeitos e deixam a história ainda mais especial.
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